Lina Bo Bardi e Tomie Ohtake, estrangeiras que escolheram ser brasileiras

Uma linda seleção de fios importados que homenagearam mulheres fortes e talentosas, como Lina Bo Bardi e Tomie Ohtake.
Tomie Ohtake

Depois do grande sucesso que a Coleção Mulheres Maravilhosas da Pingouin fez no ano passado, resolvemos lançar uma nova edição em 2021. Uma linda seleção de fios importados que homenagearam mulheres fortes e talentosas, hoje vamos falar sobre duas delas, Lina Bo Bardi e Tomie Ohtake, estrangeiras que escolheram ser brasileiras, cujo legado é motivo de orgulho e inspiração para todas nós.

Lina Bo Bardi

Lina Bo Bardi, importante arquiteta modernista, nascida na Itália, se mudou para o Brasil após a II Guerra Mundial, em 1946. Ficou tão encantada pelo nosso país e pela cultura popular que adquiriu cidadania brasileira.

Sua obra inovadora contribuiu para uma mudança no conceito arquitetônico, entretanto, dizer que Lina foi uma arquiteta é sintetizar demais o legado dessa grande mulher, que se enveredou pelo campo das artes plásticas, cenografia, design, foi editora de revista, escritora, curadora de museus, ativista e professora! Todos esses papeis refletiram em seus projetos e atribuíram singularidade a eles.

Lina tinha horror à futilidade, não queria projetar casas para as ricas madames, falava em um espaço a ser construído pelas próprias pessoas, um lugar inacabado que seria preenchido pelo uso popular cotidiano.

Entre seus projetos mais conhecidos estão o edifício do MASP – Museu de Arte de São Paulo, com o seu impressionante vão que convida o público a explorá-lo. Dentro dele, outra quebra de paradigma, seu importante acervo parece flutuar, expostos em cavaletes de vidro, permitindo que as pessoas percorram as obras de vários ângulos.

MASP

A Casa de Vidro, sua residência por mais de 40 anos, foi um projeto pioneiro no país. Tem paredes inteiras de vidro, possibilita uma integração total com o exterior arborizado. Hoje abriga o Instituto Bo Bardi Casa de Vidro, um passeio muito interessante.

O Sesc Pompéia em São Paulo, um edifício moderno inaugurado em 1982, continua na vanguarda, é mais um de seus inúmeros trabalhos.

Muito inspiradora, não é verdade?

Tomie Ohtake

Tomie Ohtake foi uma importante artista plástica, sua obra é composta por pinturas, gravuras e esculturas. Nasceu no Japão em 1913. Quando tinha 23 anos sua mãe lhe arrumou um casamento, mas Tomie tinha outros planos! Convenceu a mãe a adiar o matrimonio com o pretexto de visitar o irmão no Brasil, quando chegou aqui, ainda no porto de Santos, ficou encantada com as cores do país.

Conheceu um novo pretendente e se casou por aqui mesmo, se naturalizou brasileira e teve dois filhos, Ruy e Ricardo. Foi somente quando estava perto de completar 40 anos, com os meninos já crescidos que Tomie pode se dedicar a pintura, se transformando em uma das principais representantes do abstracionismo informal.

Tomie Ohtake
Parque do Emissário Submarino, Praia José Menino, Santos, SP (2008). | Foto: @c_queiroz/Flickr.

Autodidata intuitiva, Tomie era uma mulher delicada, de baixa estatura, que criou esculturas monumentais, feitas com materiais pesados, como concreto e ferro, mas que transmitem fluidez e leveza.

Quem anda por São Paulo se depara com importantes obras de Tomie, como os quatro grandes painéis da Estação Consolação do Metrô, a escultura em concreto armado na Avenida 23 de Maio e a pintura em parede cega no centro, na Ladeira da Memória.

Em homenagem a ela foi criado o Instituto Tomie Ohtake no bairro de Pinheiros, São Paulo, um importante centro cultural, com extensa agenda de exposição, pesquisa, produção de conteúdo, documentação e edição de publicações.

Se você quiser saber um pouco mais sobre a história dessa mulher incrível, assista o filme documentário abaixo, de Tizuka Yamasaki.

Coleção Mulheres Maravilhosas Lina e Tomie

Por aqui nós ficamos profundamente inspiradas pelas histórias dessas mulheres criativas e poderosas, e os fios que as homenageiam tem tudo a ver com elas.

Lina contém Lã Merino em sua composição, a torção e o brilho são incomparáveis e trazem para as roupas um efeito único. O fio é indicado para os dias mais frescos e fica maravilhoso quando aplicado em casacos e blusas de frio. Por ter um toque sofisticado, Lina fica lindo com jeans, acessórios descolados e combina com diferentes looks, são 8 apaixonantes cores.

Tomie é um fio único, tem caimento perfeito e empresta exclusividade e beleza para qualquer receita. Vale lembrar que o sucesso desse fio se dá porque Tomie traz 49% de bambu em sua composição, ou seja, é um patamar de maciez completamente único. São 13 cores que transformam blusas, vestidos, regatas, xales em verdadeiras obras de arte.

Conta pra gente, vocês conheciam as trajetórias dessas duas artistas? E quanto os fios Lina e Tomie,  já fizeram parte de alguma peça criada por você?

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2 comentários em “Lina Bo Bardi e Tomie Ohtake, estrangeiras que escolheram ser brasileiras”

  1. Sara Temoteo da Silva

    Hoje o google homenageia essa fascinante mulher e brilhante artista, estrangeira que decidiu ser brasileira e deixou pra nós esse legado de beleza da arte que alcança todas as gerações. Parabéns por essa homenagem ! Todos os artistas devem ser lembrados de alguma forma citados!

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